No cerne da poesia, musa desfigurada,
Na carne do poeta, fremita o coração...
Augusto inspirador, alma predestinada,
Poeta desconsolado, lírio da solidão...
Na carne do poeta, fremita o coração...
Augusto inspirador, alma predestinada,
Poeta desconsolado, lírio da solidão...
Na míope visão do absconso da alma,
A dor esmiuçada no auge de sua vida;
Flui a inspiração tanto que lhe acalma,
Balsâmico elixir para alma desfalecida.
A dor esmiuçada no auge de sua vida;
Flui a inspiração tanto que lhe acalma,
Balsâmico elixir para alma desfalecida.
E assim o pranto no rosto que ora cai,
Junto com o amargor pois da vida sai,
Divina secreção, que à morte insinua...
Junto com o amargor pois da vida sai,
Divina secreção, que à morte insinua...
A inspiração que acompanha o poeta,
Das dores e decepções do hábil esteta,
Semeada, lavrada, ao seio da terra nua.
Das dores e decepções do hábil esteta,
Semeada, lavrada, ao seio da terra nua.
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Bom dia Antônio
ResponderExcluirUm poema que resgata, com sensibilidade, a atmosfera sombria e visceral associada a Augusto dos Anjos.
O autor recria o diálogo com essa dor metafísica tão característica do poeta paraibano, trazendo imagens fortes e um lirismo que oscila entre o desamparo e a busca de transcendência. A composição honra a intensidade emocional de Augusto, mantendo um ritmo clássico e uma expressividade que evocam a mesma inquietação existencial que marcou a sua obra..
Tive de pesquisar um pouco pois não conhecia bem, a obra de Augusto dos Anjos.
Bom fim-de-semana.
:)
Oi Piedade, obrigafo pela atenção. volte sempre.
ResponderExcluirOlá Antônio,
ResponderExcluirVocê tem uma sensibilidade incrível.
Meus parabéns!
Adorei
Lua Singular (Dorli)