quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Última Quimera

Nas noutes frias das dolorosas ilusões,
E nestes sonhos de mórbidos letargos;
Verto os poemas nascidos das afeições,
Verto em prantos, tristonhos, amargos.

E nestes sonhos de tristezas tumulares,
Dentre o chorar plangente dos violinos;
Escuto vozes soturnas d’outros lugares,
Como a entoar ao longe os doces hinos.

Neste momento, sinto a tua fragrância,
Do que foi nosso amor, na exuberância,
Essência da paixão, fruto da primavera.

E para relembrar teus últimos encantos,
As rosas murchas, os lírios e amarantos,
Serão recordações nossa última quimera.





2 comentários:

  1. Meu querido Antônio
    Quanta doçura...quanto carinho que escorre de cada letra que escreves...adoro respirar essa brisa suave que se desprende de cada palavra.
    Derramando suspiros e murmurando desejos numa volúpia dos sentidos...amor pleno de emoção e ternura neste belo poema...é bom viver um amor assim.
    Um beijinho com carinho
    Sonhadora (Rosa Maria)

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