terça-feira, 17 de outubro de 2023

Do Cativeiro para a Liberdade

Um pássaro na gaiola 
Canta a triste sorte!
O céu lhe foi negado
Nem mesmo o vento forte.

Canta o passarinho,
Para o algoz lhe agradar
Canta o passarinho,
Todo dia sem parar...

Canta a triste alma, 
O pássaro engaiolado,
Canta a triste sina, 
Na redoma enclausurado

Canta o passarinho,
E gorgeia ora inquieto, 
Mal sabe o bichinho
Que jamais será liberto...

O algoz não quer saber, 
Se canta com alegria.
O algoz não quer saber, 
Se canta amargurado;

Imerso na ignorância, 
O algoz no doce lar,
Só sabe que o passarinho, 
Canta  pra lhe agradar...

Porém o bicho homem, 
Numa jaula não quer viver.
Nem mesmo o seu filhinho, 
Numa jaula quer lhe deixar.

No entanto o passarinho, 
Bicho homem quer lhe podar,
O céu na amplidão, 
Para o pássaro voar...

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Um pixarro foi abandonado por seu dono. Vivia numa gaiola bem pequena e apertada. Tentamos em vão, libertar o bichinho. O pássaro por já estar condicionado há muito tempo naquele  ambiente, já nem sabia o que era voar, apenas saltitava pelo chão, por mais que tentássemos soltá-lo de uma altura para alçar vôo. Nada...  Construímos então para ele, um viveiro enorme, que meus filhos apelidaram de "a mansão do Paco", com direto inclusive à uma bela "varanda". Tentamos soltar mais uma vez, porém o bichinho não foi. E assim ficou na mansão viveiro, ampla e arejada, com direito à contemplar as árvores bem de perto. Um dia se foi. Para mim, liberto desta prisão.

Escrevi esses versos por entender que essa questão dá muito debate.  Particularmente sou contra o aprisionamento de pássaros que estão ali apenas para satisfazer o ego de muitos.



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