quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Lacrimae

 Nos olhos as lágrimas que ora sinto,
Dos sonhos de amor e da noite fria;
São consolos amargos do que pressinto,
De tua ausência, e beijo que me nutria.

Ah... Nesta noute soturna desconsolada,
E nas lembranças de atroz melancolia;
A lua vem, tristonha e amargurada,
Vem merencória, soturna e fugidia...

E eu que sempre adornei teus passos
De coração, mas hoje desconsolado,
Sem teu amor, sem vida, sem os abraços...

É um sentimento angélico e arfante,
Mas soturno, merencório, desolado,
Na alma triste, saudosa deste amante.



terça-feira, 29 de agosto de 2023

Ecos de Solidão

Esta alma triste, soturna e desolada,
Qual uma flor, dolorosa dos prantos
Descrita em sinfonia, bela, adornada,
Evoca saudades, mistérios, encantos!

Evoca saudades, dos sonhos de amor, 
Além do oceano, das terras distantes.
Evoca os sussurros, quais ecos de dor,
Do amor esquecido de almas errantes!

Soturna flor, como o lírio da solidão,
Esquecida nas brumas da imensidão,
Sublime essência, aos poetas inspirar...

Soturna Flor, dos hinos, das sinfonias,
Antigo amor, do sonho, das melodias,
Plangentes, tumulares na alma ecoar...



segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Ilhado

Sozinho na praia, silente a pensar, 
Escrevo na areia... (Espera em vão?)
Ouvindo distante o barulho do mar,
Amada sublime do meu coração...

Sozinho na praia, silente a pensar,
Quem sabe um dia o amor reviver.
Sublime amor, que espero voltar,
Amada sublime na alma envolver...

Ouço as gaivotas, o mar e o vento,
E uma canção, tristonha lendária,
Canção de amor para mim um alento...

Ondas açoitam imponentes rochedos!
Assédio incansável, diário e teimoso,
Assim eu estou num teimoso tormento...


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As Aparições de Cada Um (Cordel)

 Em Portugal...
No dia 13 de Outubro, de 1917,
Ocorreu um caso real,
Com visões de forma celeste...

No Vilarejo de Fátima,
Em Terra Lusitana,
Aconteceu algo assombroso,
Até hoje ao mundo espanta.

Era um recanto sagrado,
Para o povo rezar;
Ninguém duvida que houve,
Visões de uma Santa falar...

Foi num dia chuvoso,
Quando o sol no apogeu;
Igual disco achatado,
Cintilante apareceu.

Parecia um disco mutante,
Achatado e brilhante;
Perfeito bem contornado,
Mais lindo que um diamante.

Manobrando veloz e ligeiro,
As nuvens  punha a rasgar;
Sinais estranhos no céu,
Já houve naquele lugar!

Três crianças pastoras,
Fizeram parte da história;
Os livros falaram da santa,
Aquela sublime Senhora.

E um contato com o Ser,
No final aconteceu;
A igreja romana julgou,
Milagre do Eterno Deus.

Chamada de Virgem Maria,
A igreja proclamou.
Jacinta, Lúcia e Francisco,
O trio famoso ficou.

Sempre na mesma hora,
Seis vezes apareceu;
Para as crianças pastoras,
Seis meses aconteceu!

Mensagens foram passadas,
Durante aquelas fases;
Porém a igreja tornou,
Segredo a sete chaves.

Alguns historiadores,
Afirmam sem duvidar;
Que o segredo revelado,
Era para se guardar.

Uns acham que era E.T.,
Mas em santa se tornou;
A igreja romana depressa,
Divindade transformou.

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Nos Estados Unidos...
Um jovem vivia confuso,
Com tanta religião;
Não sabia se eram corretas,
Outras seitas de cristãos.

Em 21 de setembro, de 1823,
O jovem sozinho orou!
Sozinho e bem de noite,
À Deus com fé clamou.

Enquanto na cama orava,
Uma luz resplandeceu;
No interior de seu quarto,
Logo um anjo apareceu.

Tão lindo e brilhante,
O menino estremeceu;
“Não tema Joseph Smith”;
Disse o Ser vindo de Deus!

O anjo era tão lindo,
Que a vista ofuscava;
E o jovem americano,
Com medo se assombrava.

O personagem ficou,
De pé em pleno ar;
Flutuando assim ficou,
No solo não tocava.

O anjo se revelou,
Mensageiro do Eterno;
Não queria que Joseph Smith,
Se perdesse no inferno.

Apresentou-se ao moço,
Com o nome de Morôni;
Viera da parte de Deus,
Exaltar seu santo nome.

Disse ao rapaz,
Que havia escondido;
No monte Cumorá,
De Deus um santo livro.

Disse que o livro,
Continham revelações;
De um povo lá vivido,
Há muitas gerações.

Disse também que havia,
Duas pedras e um aro;
Chamadas Urim e Tumim,
Por Deus foi preparado.

Após essa conversa,
O ser se elevou;
Como raio em um duto,
A luz o acompanhou!

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No Brasil...
Essa história aconteceu,
Em 1986.
O dia eu não sei,
O mês foi o de Maio.

Após sair do trem,
À noite, da estação,
Sozinho caminhava;
Quando tive uma visão!

Algumas pessoas na rua,
Ficaram impressionadas;
Diante do tal objeto,
Ficaram extasiadas!

O objeto era gigante;
Um colosso a pairar!
No céu bem estrelado;
Ficava a cintilar!

Parado e cintilante,
No céu assim ficou;
Com jeito de um sino,
O objeto se tornou.

Visão maravilhosa,
Tinha ainda um belo facho!
Parecendo uma lanterna,
De cabeça para baixo!

No céu ficou parado,
Imóvel e brilhante;
O objeto parecia,
Um sino bem gigante!

Algum tempo se passou,
E o objeto até então;
Parado em pleno ar,
Parecia um pião.

Nunca vi nada na terra,
Parecido com a visão;
Só sei que esse conto,
Já faz parte de um milhão.

Eis aí a minha história,
Também tive uma visão!
Talvez de outro mundo
Ou talvez uma ilusão !


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sábado, 19 de agosto de 2023

Teatro e Circo

No palco, um ator representa o papel,
Das aventuras humanas, da lida diária.
Belo e perfeito, é um dramaturgo fiel,
Imitando assim, uma história lendária. 

Emocionado, contrito, atento e calado,
Tento acreditar na minha simplicidade,
Interagindo com o ator, sou impactado
No auge do enredo nesta cumplicidade.

Muito gostaria de também ser um ator!
Se possível for, sob as luzes desse palco,
Pois fiz do meu script, um guia condutor,
Para então participar, me sentir no alto!

Quem dera ser ator famoso conhecido.
Junto do elenco e centro do espetáculo!
E eis que consegui, o sonho concebido!
Tornei-me um ator sem tanto obstáculo.

Atuando outro dia, era esse meu papel
Com passo acelerado, a rua atravessei,
Nela a multidão, parecendo uma Babel,
Quando num tropeço o nariz arrebentei!

Estava atordoado pelos risos que ouvia,
Só porque no chão estava um bagaço...
Este foi o erro do papel que pretendia,
E não de um ator, mas anônimo palhaço!
     

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Quantos na rua estão fazendo malabarismo em troca de um tostão.
São Anônimos, desempregados, excluídos, marginalizados cada um com uma história de vida. Outro dia numa cena comovente, o rapaz, escorregou ao terminar seu show numa dessas ruas, quando no exato momento o semáforo abriu para os motoristas. Por um triz,  o jovem circense se safou com agilidade, embora machucado...

Foto: https://jornaldebrasilia.com.br/brasilia/me-encontrei-na-arte-de-rua-diz-malabarista-que-se-apresenta-em-semaforos/